Sensibilidade ao glúten não celíaca
Na semana passada, falamos sobre o principal motivo para se excluir o glúten da dieta: A Doença Celíaca. Hoje vamos conversar sobre a sensibilidade ao glúten não celíaca.
A Sensibilidade ao glúten não celíaca se associa com sintomas semelhantes aos da síndrome do intestino irritável e a manifestações extra-intestinais que ocorrem poucas horas ou dias após a ingestão de alimentos contendo glúten. Manifestações essas que melhoram rapidamente com a retirada do glúten e acontecendo novamente logo após a reintrodução.
O pré-requisito para suspeitar dessa doença é a exclusão de doença celíaca e de alergia ao trigo, quando o paciente ainda está em uma dieta contendo glúten. Além do glúten, outros potenciais culpados desta síndrome são os inibidores de amilase-tripsina e os frutanos, que são todos componentes do trigo e de outros cereais que contém glúten.
Parece que a sensibilidade ao glúten não celíaca não tem uma base hereditária forte. Ela não está associada a má absorção grave ou malignidade e é menos frequentemente associada a outras doenças auto-imunes do que a doença celíaca.
Para o diagnóstico, infelizmente, não existem marcadores bioquímicos, imunológicos ou histopatológicos específicos. O diagnóstico deve ser feito após a exclusão do diagnóstico de doença celíaca e da alergia ao trigo mediada por IgE.
O tratamento inclui uma dieta com exclusão de glúten, que ajuda a resolver os sintomas intestinais e extra-intestinais. Obviamente, uma dieta sem glúten menos rigorosa do que a realizada para pacientes celíacos, já pode ser suficiente.
E o resto da população, precisa excluir glúten?
Não há evidências convincentes de que uma dieta sem glúten melhore a saúde ou previna doenças se você não tiver uma das doenças que citei acima. Claro, pesquisas futuras podem mudar isso.
Antes de aderir uma vida sem glúten, lembre-se que esta restrição pode não te ajudar e sim te causar problemas. Além de, provavelmente, te custar financeiramente mais.