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Saiba tudo sobre a menopausa precoce!

A menopausa precoce – ou insuficiência ovariana prematura – é quando o processo de diminuição da atividade dos folículos ovarianos ocorre antes dos 40 anos e, como consequência, a mulher para de menstruar e fica com baixos níveis de estrogênio. A incidência dessa condição na população geral é de 1%.

Quais são as causas da menopausa precoce?

  • Doenças genéticas, como Síndrome de Turner e X-frágil.
  • Doenças autoimunes. Estima-se que 20% a 30% dos casos tenham associação com doenças autoimunes, sendo mais comum a Tireoidite de Hashimoto, afetando 14% a 27% das acometidas. Com prevalência bem menor podemos citar a insuficiência adrenal (doença de Addison) e o diabetes mellitus tipo 1.
  • Cirurgias pélvicas.
  • Doenças infecciosas, como caxumba, rubéola, varicela, tuberculose e malária.
  • Quimioterapia: muitos quimioterápicos são tóxicos para os folículos. O resultado é influenciado pela idade da paciente, droga(s) utilizada(s) e dose; sendo que quanto mais jovem, maior a probabilidade de sobrevivência de alguns folículos.
  • Radioterapia.
  • Os danos ovarianos dependem do campo de tratamento, dose total, esquema de fracionamento e idade da paciente.
  • Idiopática : sem uma causa definida, o que corresponde à maioria dos casos.

Quando se suspeita da menopausa precoce?

Quando ocorre alteração menstrual há pelo menos quatro meses (parada total da menstruação ou ocorrência em intervalos cada vez maiores). 

Nos exames de sangue, os níveis de FSH se encontram elevados: via de regra, acima de 25 em pelo menos duas ocasiões, com intervalo de pelo menos um mês entre elas.

Sintomas clássicos de menopausa como os fogachos (calorões), secura vaginal, entre outros, podem ou não estar presentes no diagnóstico.

É preciso investigar causas genéticas da menopausa precoce?

Sim! Normalmente são solicitados:

- Cariótipo: anomalias cromossômicas são encontradas em aproximadamente 10% dos casos.

- Pesquisa da pré-mutação do gene FMR1 (síndrome do X frágil): indicada não apenas para diagnóstico etiológico, mas especialmente para aconselhamento genético familiar.

Quais exames de imagem estão indicados na investigação da menopausa precoce? 

- Densitometria óssea: a menopausa precoce é causa de perda óssea e osteoporose. 

Recomenda-se avaliação inicial da massa óssea por meio de densitometria óssea. Exames subsequentes deverão ser realizados dependendo do resultado inicial.

- Ultrassonografia pélvica: para o diagnóstico diferencial com outras causas de amenorréia (parada da menstruação).

Chance de gravidez na menopausa precoce

Sabe-se que a Insuficência Ovariana Prematura pode ter evolução longa e variável, com ovulação irregular e imprevisível em 50% dos casos e gravidez em até 5% a 10%.

Mulheres com esse diagnóstico e que desejem gestar devem ser atendidas por ginecologistas com especialização em Reprodução Humana.

Por que é realizado o tratamento da menopausa precoce?

Os objetivos do tratamento são: reverter os sintomas e reduzir as repercussões da queda do estrogênio, como os fogachos e a secura vaginal por exemplo, evitar a perda da massa óssea (osteopenia e osteoporose), reduzir o risco de fraturas e o risco cardiovascular, melhorar a qualidade de vida e função sexual.

Como é realizado o tratamento?

O tratamento é realizado com terapia de reposição hormonal – estrogênio e progestagênio, salvo em casos em que a mulher não tiver mais útero, neste caso pode utilizar apenas estrogênio. A via e dose deve ser discutida com seu endocrinologista e/ou ginecologista.

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