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Quem precisa excluir o glúten da dieta?

De acordo com uma pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa do Consumidor, publicada em 2014, 63% dos americanos acreditam que uma dieta sem glúten pode melhorar sua saúde física ou mental; e até um terço dos americanos estão reduzindo o consumo na esperança de que melhore sua saúde e previna doenças.

Mas, o que é o glúten?

O glúten é uma proteína encontrada em muitos grãos, incluindo trigo, cevada e centeio. É comum em alimentos como pão, macarrão, pizza e cereais.

Quais as pessoas que precisam excluir o glúten da dieta?

Somente aquelas com diagnóstico de doença celíaca, sensibilidade não celíaca ao glúten e alergia ao trigo.

Doença Celíaca

A Doença Celíaca é uma doença autoimune e crônica. Pessoas portadoras dessa doença têm uma reação imunológica que é desencadeada pela ingestão de glúten. Elas desenvolvem inflamação e danos no trato intestinal e em outras partes do corpo quando comem alimentos que contêm glúten.

A Doença Celíaca é conhecida por afetar todas as faixas etárias, porém mais de 70% dos novos pacientes são diagnosticados após os 20 anos de idade. Alguns desses adultos provavelmente tiveram doença não detectada na infância.
O risco de ter doença celíaca é muito maior em parentes de primeiro grau, em indivíduos com Diabetes mellitus tipo 1 e outras doenças autoimunes, além de síndrome de Down e outras doenças.

Se presente, a má absorção na Doença Celíaca resulta em danos à mucosa do intestino delgado, com perda da área de superfície de absorção, redução das enzimas digestivas com conseqüente absorção prejudicada de micronutrientes, como vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) , ferro, vitamina B12 e ácido fólico. Além disso, a inflamação causa secreção líquida que pode resultar em diarreia. A perda de peso pode ser devida à falha na absorção de calorias adequadas e a má absorção também resulta em dor e distensão abdominal.

Um paciente adulto com Doença Celíaca recém-diagnosticado deve ser submetidos a testes para descobrir deficiências de micronutrientes essenciais, como já citei anteriormente.

Quem deve ser investigado?

O teste sorológico (que são dosagens de anticorpos) para doença celíaca é recomendado em adultos com sintomas gastrointestinais sugestivos (por exemplo: diarréia crônica ou recorrente, má absorção, perda inesperada de peso, dor abdominal, distensão ou inchaço OU se apresenta sinais e sintomas extraintestinais sugestivos de doença celíaca que, inclui pacientes sem outras explicações para uma anemia por deficiência de ferro, deficiência de folato ou vitamina B12, elevação persistente das aminotransferases séricas, dermatite herpetiforme, fadiga, doença óssea metabólica e osteoporose prematura, entre outros.

A abordagem diagnóstica é baseada no risco de doença celíaca e se o paciente está em uma dieta contendo glúten. Todos os testes para doença celíaca devem ser preferencialmente realizados enquanto os pacientes estão em uma dieta contendo glúten, porque, se o paciente já estiver há muito tempo sem comer glúten, seus testes sorológicos podem dar negativos.

Os indivíduos com baixo risco de doença celíaca devem ser submetidos inicialmente apenas a testes sorológicos. Pacientes com teste sorológico positivo devem ser então submetidos a uma endoscopia digestiva alta com biópsia do intestino delgado.

Já os Indivíduos com alta probabilidade de doença celíaca devem realizar tanto o teste sorológico quanto a biópsia do intestino delgado, independentemente dos resultados da sorologia celíaca específica. O tratamento inclui uma dieta com exclusão de glúten.
Pacientes com doença celíaca devem ser educados para evitar cereais e produtos alimentícios derivados de trigo, cevada ou centeio e alimentos feitos de cereais contaminados com glúten, como por exemplo o milho e a aveia.

Deve-se ter cuidado com a manipulação de utensílios de cozinha e com a rotulagem dos alimentos. As listas de ingredientes devem ser sempre verificadas!

Uma baixa adesão à dieta é um fator de risco para problemas de saúde específicos, como o risco de linfoma, baixa densidade mineral óssea ou osteoporose, risco de infertilidade, abortos espontâneos, partos prematuros e partos de bebês com baixo peso ao nascer.

A adesão à dieta sem glúten geralmente leva a uma grande melhora na sintomatologia e na cicatrização da mucosa associada à diminuição do risco de doença cardiovascular e malignidade.

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