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Dieta do HCG: não caia nessa roubada!

DIETA DO HCG

Para quem acha que a dieta do Hcg é novidade, aproveito para contar que em 1954 foi proposto, pela primeira vez, o uso do HCG ( gonadotrofina coriônica humana) para emagrecimento! Na época, as alegações para o uso eram que o tratamento reduzia a fome, fazia com que a pessoa perdesse peso predominantemente na área dos quadris e pernas e que os pacientes teriam menos dificuldades emocionais, como depressão e ansiedade, durante o tratamento.

Em primeiro lugar, é importante esclarecer que o HCG não é uma dieta! Trata-se de um hormônio que é produzido pela placenta durante a gestação. Existem algumas indicações médicas para uso deste hormônio, mas a perda de peso, certamente, não está entre elas.

Como mencionei, essa discussão já é antiga e, para testar essas alegações, em 1977 foi realizado um estudo clínico que ficou muito conhecido.
Os participantes desta pesquisa eram mulheres que estavam acima do peso e com idade entre 20 e 40 anos. Todas estavam com boa saúde e não haviam recebido HCG anteriormente, nem estavam recebendo nenhuma medicação para obesidade. Estas pacientes foram divididas aleatoriamente em dois grupos, um que receberia HCG e o outro que receberia injeções de placebo. As injeções foram dadas seis dias por semana durante seis semanas e os pesos foram obtidos semanalmente. Foram utilizadas, também, ferramentas para avaliar a sensação de fome e humor no início e no final do tratamento. As circunferências das participantes (circunferência coxa, tórax, quadril etc…) foram medidas para avaliar a possibilidade de redução da gordura localizada. As instruções relativas à dieta também foram realizadas e dietas de 500kcal foram prescritas. Nos resultados, a única diferença significativa entre os dois grupos foi na escala de ansiedade, onde o grupo HCG estava mais ansioso em relação ao grupo que recebeu o placebo. Em relação ao peso e às medidas não houve diferenças significativas entre os dois grupos em qualquer momento.

 

Na figura acima, está claro que os participantes perderam bastante peso, indicando um alto grau de adesão à dieta de 500 kcal. Entretanto, as injeções de HCG, não proporcionaram efeitos adicionais. Concluímos, portanto, que o HCG não aumenta a taxa de perda de peso.
Assim, no final deste estudo, foi CONCLUÍDO que o uso do HCG no tratamento da obesidade deveria chegar a um final, porque as injeções de placebo parecem ser igualmente eficazes em relação aos RESULTADOS desfechos avaliados.

Explicando o motivo da perda de peso dos participantes

O que se chama de “dieta do HCG”, nada mais é, que uma dieta de pouquíssimas calorias e que, devido ao déficit calórico, levará ao emagrecimento se houver adesão.
Sabe-se que dietas muito restritivas, dependendo da composição calórica (em geral, com redução importante de carboidratos que levam à cetose) podem levar a uma redução do apetite, resultando, daí, a perda de peso.

Cuidado com o uso indevido de HCG!

Por fim, resta uma última alerta a ser feita! O uso de HCG pode trazer riscos à saúde como o aumento do risco de trombose venosa profunda, embolia pulmonar, ginecomastia (aumento das mamas em homens) e possibilidade de promover desenvolvimento tumoral, se administrado em pessoas que tenham câncer hormônio relacionado, como, por exemplo, próstata, endométrio, mama e ovário.

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